quarta-feira, 14 de abril de 2010

lutas de Classes

A grande indústria aglomera num mesmo local uma multidão de pessoas que não se conhecem. A concorrência divide os seus interesses. Mas a manutenção do salário, este interesse comum que têm contra o seu patrão, os reúne num mesmo pensamento de resistência - coalizão. A coalizão, pois, tem sempre um duplo objetivo: fazer cessar entre elas a concorrência, para poder fazer uma concorrência geral ao capitalista. Se o primeiro objetivo da resistência é apenas a manutenção do salário, à medida que os capitalistas, por seu turno, se reúnem em um mesmo pensamento de repressão, as coalizões, inicialmente isoladas, agrupam-se e, em face do capital sempre reunido, a manutenção da associação torna-se para elas mais importante que a manutenção do salário. [...] Nessa luta - verdadeira guerra civil -, reúnem-se e se desenvolvem todos os elementos necessários a uma batalha futura. Uma vez chegada a esse ponto, a associação adquire um caráter político.

As condições econômicas, inicialmente, transformaram a massa do país em trabalhadores. A dominação do capital criou para essa massa uma situação comum, interesses comuns. Essa massa, pois, é já, em face do capital, uma classe, mas ainda não o é para si mesma. Na luta, [...], essa massa se reúne, se constitui em classe para si mesma. Os interesses que defende se tornam interesses de classe. Mas a luta entre classes é uma luta política.

[...]Uma classe oprimida é a condição vital de toda sociedade fundada no antagonismo entre classes. A libertação da classe oprimida implica, pois, necessariamente, a criação de uma sociedade nova. Pra que a classe oprimida possa libertar-se, é preciso que os poderes produtivos já adquiridos e as relações sociais existentes não possam mais existir uns ao lados de outras. De todos os instrumentos de produção, o maior poder produtivo é a classe revolucionária mesma. A organização dos elementos revolucionários como classe supõe a existência de todas as forças produtivas que poderiam se engendrar no seio da sociedade antiga.

Isso significa que, após a ruína da velha sociedade, haverá uma nova dominação de classe, resumindo-se em um novo poder político? Não. A condição da libertação da classe laboriosa é a abolição de toda classe, assim como a condição da libertação do terceiro estado, da ordem burguesa, foi a abolição de todos os estados [aqui, estado significa as ordens da sociedade feudal] e de todas as ordens.

Karl Marx
A classe laboriosa substituirá, no curso do seu desenvolvimento, a antiga sociedade civil por uma associação que excluirá as classes e seu antagonismo, e não haverá mais poder político propriamente dito, já que o poder político é o resumo oficial do antagonismo na sociedade civil.

Entretanto, o antagonismo entre o proletariado e a burguesia é uma luta de uma classe contra outra, luta que, levada à sua expressão mais alta, é uma revolução total. [...] Não se diga que o movimento social exclui o movimento político. Não há, jamais, movimento político que não seja, ao mesmo tempo, social.

Somente numa ordem de coisas em que não existam mais classes e antagonismos entre classes as evoluções sociais deixarão de ser revoluções políticas. Até lá, às vésperas de cada reorganização geral da sociedade, a última palavra da ciência social será sempre: "O combate ou a morte: a luta sanguinária ou nada. É assim que a questão está irresistivelmente posta".

Sistema de Estamentos

O Sistema Feudal

A origem do feudalismo foi desencadeada a partir da crise romana. O feudalismo foi uma formação social que era feita de valores romanos, católicos e germânicos. Este sistema dominou a vida dos reinos europeus do século X ao século XIII.

O feudalismo teve em suas origens vários aspectos:

» Houve um grande retorno ao campo; a ruralização da sociedade européia aconteceu no início do feudalismo, pois o comércio foi abandonado como principal atividade econômica.
» Pequenas propriedades de terras desapareceram; essas pequenas propriedades se arruinaram economicamente e foram incorporadas às grandes propriedades. Os grandes proprietários de terra foram ampliando seus poderes locais.
» Apareceu o colonato; o colonato é o sistema de trabalho em que escravos e plebeus pobres passaram a trabalhar como colonos para um grande Senhor de terra. O grande proprietário oferecia terra e proteção aos colonos. Com isso foram criados vilas, que eram compostas por colonos. As cidades perderam importância devido ao surgimento das vilas.

O sistema feudal dominou durante um longo período de tempo, em toda a Europa Ocidental. Por se estender a uma área tão grande não foi idêntico em todos os lugares. Mas há características comuns como: o rei teve seu poder enfraquecido, uso do trabalho servil no campo, a vida rural foi fortalecida, etc...

Mas veja de forma detalhada como era o sistema feudal nos aspectos político, social e econômico.

POLÍTICA

Durante o período de feudalismo o rei não mais exercia seu poder soberano. Embora a figura do rei ainda existisse, ele não tinha poder efetivo sobre todo o reino. A política foi dividida entre os senhores feudais, que eram proprietários de grandes extensões de terra, os feudos. Ele era a autoridade absoluta sendo administrador, juiz e chefe militar.

A descentralização política gerou a também a descentralização monetária, ou seja, não havia mais apenas uma moeda para todo o reino. Acabou também com o exército nacional, havendo agora pequenos exércitos que serviam aos senhores feudais.

Suserania e Vassalagem

» O suserano – protegia o vassalo de forma militar e jurídica. Tinha o direito de se apossar do feudo caso o vassalo morresse sem herdeiros. Podia também impedir o casamento do vassalo com uma pessoa que lhe fosse infiel.

» O vassalo - devia prestar ao suserano serviço militar, libertá-lo caso fosse aprisionado por inimigos e etc. Mas o vassalo não era um servo. A relação vassalo-suserano era um pacto militar.

FEUDO = o termo feudo vem do antigo inglês feo, que se referia a ‘gado’, ‘ riqueza’, ‘fortuna’. Passou a designar toda possessão , incluindo terras, gado e outros bens.

SOCIEDADE

A sociedade feudal era dividida em estamentos, ou seja, diferentes grupos sociais.

Os três principais eram:

1. Nobreza - eram os grandes proprietários de terras que também se dedicavam ao serviço militar. Haviam os senhores feudais: o único proprietário do feudo. Ele exercia a justiça sobre todos os que viviam sob sua proteção e interferia na vida pessoal das famílias servis.

2. Clero - o clero era constituído por membros da igreja Católica e era formada pelo alto clero e baixo clero. Alto clero dirigia a Igreja, administrava suas propriedades agrárias e tinha grande influência política e ideológica. O clero era muito rico,a partir do momento em que passou a receber doações dos católicos.

3. Os servos - eles eram a maioria da população camponesa. Eram os trabalhadores que sustentavam a estrutura feudal e não homens livres. Eles produziam alimentos, roupas e outros. Eram presos ao senhor feudal.

Além destes três estamentos, haviam alguns escravos , os vilões,que era homens livres que trabalhavam para os senhores feudais, mas não eram presos à terra. Haviam também os ministeriais que administravam os feudos em nome do proprietário.

Havia também uma população formada por pequenos mercadores e artesãos.

A IGREJA

A igreja era a grande proprietária de terras, por isso sempre interferia nas relações servis. Pregava que a existência de “senhores” e “servos” era normal em uma sociedade cristã. Pregava também que a infidelidade e a rebeldia eram pecados mortais.

A igreja assumiu o papel das instituições públicas: eram os padres que educavam, que arbitravam as questões legais, que informavam e que orientavam a economia. Também tentavam converter todos ao catolicismo, por bem ou por mal. Nesta época a igreja se distanciou dos ensinamentos de Jesus Cristo, por isso Francisco de Assis criticou a Igreja católica.

Curiosidades= a média de vida mesmo nas classes nobres era de apenas 44 anos!!

As construções eram rudimentares: feitos de madeira ou pedra bem desconfortáveis. Os pisos eram de funco ou palha!!

A alimentação deles era composta por carne, peixe, queijo. Couve, nabo, cenoura, cebola, feijão e ervilha. Não conheciam café e o açúcar eram tão caro que poucos podiam comprar. Comiam pêra e maçã.

As pessoas bebiam muito, comiam com as mãos de forma rude, as eram tratadas de forma rude com desprezo e brutalidade. Os homens eram quem dominavam tudo.

Os servos trabalhavam cedo ao nascer do dia até o pôr- do – sol. Eles viviam em extrema pobreza em uma cabana miserável com um buraco no teto para a saída da fumaça, o chão era batido, comiam mal. Por causa disso eram sujeitos a várias pandemias. Eles não liam nem escreviam, eram chamados de velhacos, estúpidos e feios.

ECONOMIA

O comércio havia se tornado uma atividade de muito pouca importância. A terra tornou-se o principal fator de riqueza daquela sociedade. Eles cultivavam a terra e tudo p que produziam era para consumo próprio. Também caçavam e criavam animais.

As terras dos feudos dividiam-se em :

» campos abertos também chamados de terras comunais ou manso comunal – eram terras de uso comum. Compreendiam em bosques e pastagens. Nessas terras os servos recolhiam madeiras e soltavam animais para pastar.

» Reserva senhorial também chamada de domínio ou manso senhorial- eram terras que pertenciam exclusivamente ao senhor feudal e era onde se localizavam o moinho, os fornos, o estábulo e a capela.

» Manso servil ou tenência- eram terras utilizadas pelos servos. Destas terras eles retiravam seu sustento e os recursos para cumprir as obrigações servis.

Apesar de ainda existir a escravidão , a servidão marcou o feudalismo. É uma relação de trabalho onde o servo era ‘’homem livre’’. Mas era preso à terra na qual trabalhava. Ele tinha que produzir o sustento da sua família e para a nobreza feudal.

O servo era obrigado a trabalhar gratuitamente alguns dias da semana nas terras do senhor feudal, podia ser na agricultura, ou criação de animais. Isto era a Corvéia.

Além de tudo não se podia mudar de ‘’cargo’’. Os que nasciam servos morriam servos. Isto também acontecia nas famílias dos nobres. Era praticamente impossível mudar de condição social.

Sistemas de Castas na Índia

Introdução

O sistema de castas consiste numa antiga e rígida hierarquização da sociedade indiana. Este sistema surgiu baseado em preceitos religiosos do vedismo.

Neste sistema, a casta determina toda a vida de uma pessoa desde o momento do seu nascimento até a morte. O local de moradia, a profissão, o casamento entre outros aspectos da vida são determinados pela casta ao qual pertence.

De acordo com este sistema, pessoas de castas diferentes não podem casar ou ter relacionamentos. Também não é permitida a mudança de casta, pois a crença é a de que a natureza de cada pessoa é determinada pelos deuses.

Porém, como os hindus acreditam na reencarnação, a mudança de uma casta poderia acontecer numa outra vida, de acordo com a evolução espiritual.

Principais castas da antiga organização social da Índia:

- Brâmanes: eram os sacerdotes e possuíam o acesso exclusivo aos textos sagrados.
- Guerreiros: participavam de cargos políticos e da defesa militar do território.
- Mercadores: praticavam o comércio.
- Sudras: escravos

* Dalits - párias (intocáveis): não pertenciam a nenhuma das castas acima e exerciam atividades desprezadas pelos indivíduos das castas. Eram considerados impuros.

O sistema de castas foi abolido oficialmente da Índia na Constituição de 1950. Porém, por razões culturais e religiosas ela ainda faz parte da vida dos indianos.

Desigualdade Social

A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem jovens vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estudo, ambiente familiar precário, educação precária, más instalações, alimentação ruim, entre outros.

A desigualdade social tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia.

Podemos perceber que o ódio que faz com que uma pessoa se torne violenta sempre tem razões anteriores. Na maioria das vezes que vemos depoimentos de pessoas envolvidas com violência, as mesmas tiveram na infância situações onde o pai era ausente ou se presente espancava a mãe, a miséria fazia com que os pais vendessem drogas por um prato de comida, pais entregavam filhos para adoção ou até mesmo abandonavam os filhos ao invés de tentar reverter à situação. Alguns casos, as pessoas hoje violentas foram vítimas de abuso sexual quando mais jovens e essa série de situações trazem uma ira e desejo de vingança não só dos mal-feitores, mas também das autoridades que sabem de todos esses possíveis acontecimentos e não tomam posição.

Hoje traficantes têm tomado o poder de algumas grandes cidades brasileiras e prejudicado cidadãos de bem com o intuito de atingir as autoridades. A cada dia que passa pessoas são mortas, espancadas e abusadas para que alguém excluído do mundo mostre que alguma coisa ele sabe fazer, mesmo que isso seja ruim.

O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e que gera violência. É preciso que pessoas de alto escalão projetem uma vida mais digna e com oportunidades de conhecimento para pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar entre outros.

Etnocentrismo e Relativismo Cultural

O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência pretensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural.

Tal tendência, denominada etnocentrismo é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais. O etnocentrismo de fato é um conceito universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade ou mesmo a sua única expressão.

O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo.

O costume de discriminar os que são diferentes porque pertencem a outro grupo pode ser encontrado mesmo dentro de uma sociedade.

Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdos deprimentes e imorais.
Podemos entender o fato de que os indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características tais como o modo de agir, vestirem, caminharem, comer, falar, sendo o último uns dos mais evidentes na imediata observação empírico•.

A nossa herança cultural desenvolvida traveses de inúmeras gerações sempre nos condicionam a reagir deprecativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceita pela maioria da comunidade. Por isso discriminamos o comportamento desviante.


O relativismo cultural sugere conformar e não confrontar as diferenças culturais, tanto em nossa sociedade quanto em outra cultura particular.
Este conceito pode ser considerado precipitado, se levarmos em conta o fato de tudo poder ser aceito, ameaçando imposições dos limites sociais.
O bem e o mal passam a ser relativos em conceito, mas em prática estaríamos contradizendo nossos próprios códigos morais.
Considerando que temos alguns interesses em comuns, há uma necessidade de interagirmos e sermos mais tolerantes.
Mas não é conveniente como sugere o relativismo acreditar que sua funcionalidade é fazer com que a sociedade caminhe para uma mesma direção, com conceitos aprovados por todos, estaríamos desacreditando dos nossos próprios conceitos individuais e do grupo que mais adéquam as nossas necessidades e valores.

Exemplo claro no filme “O casamento Grego”, é as características dos gregos bem fortes tais como a dança, os rituais religiosos, a comida (carneiro assado), a forma de falarem gritando e com uma exatidão marcante, e principalmente predominante forma de pensar que somente a cultura grega é a cultura correta, ignorando qualquer outra forma de comportamento. (Etnocentrismo)
Porém no convívio com uma cultura diferente, vem à flexibilidade de aceitar, com imposição de alguns limites, sem abrir mão de seus costumes, dando espaço para outros. (o que seria uma melhor definição para o relativismo cultural.) Não implicando como é atualmente, na confusão de conceito e suas conseqüências em que tudo é relativo, e tudo pode.

Texto de Sociologia - Formas de Alienação

Existem diversas formas de Alienação, por exemplo:

Alienação em Psicologia: Que é quando o individuo se fecha no seu mundo interior, pois, seu mundo exterior está fragilizado.

Alienação em Antropologia: Quando uma nação está subordinada a outra.

Alienação em Filosofia ou Política: Essas formas de alienação estão voltadas ao poder, tanto no trabalho, quanto no poder.

Alienação e Sociologia ou Comunicação: Alienaçãoem massa pelos meios de comunicação em massa, por exemplo: Tv, Rádio, Internet, entre outros...

Dois autores são importantes para entender os conceitos de Alienação: Marx e Durkheim.

O indivíduo alienado é aquele que se submete aos valores e instituições que o cerca. Submete-se cegamente sem haver um questionamento.

Alienação seria um problema de legitimidade do controle social, um problema de poder. Ela torna o indivíduo separado da sociedade e, para Marx, quando o indivíduo aliena-se da sociedade ele aliena-se de si mesmo.

Hoje em dia temos vários motivos que alienam, entre eles estão: religiões, partidos políticos, comunicação de massa entre outros.

Portanto, para nos proteger contra esse mal, devemos nos prevenir, tendo um senso crítico e ficando atento ao que tentam nos impor a cada dia que passa.